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Artroscopia do Joelho 

A artroscopia é um procedimento minimamente invasivo, utilizado para diagnosticar e tratar problemas no joelho. Com o auxílio de uma câmera de fibra óptica inserida através de pequenas incisões, o cirurgião pode visualizar a articulação em tempo real e realizar intervenções específicas, como a remoção de fragmentos soltos, correções de lesões nos meniscos, cartilagens e ligamentos.

Indicações para a Artroscopia de Joelho:

  • Lesões de menisco
  • Lesões de cartilagem
  • Sinovites (inflamação da membrana sinovial)
  • Lesões ligamentares
  • Retirada de corpos livres (fragmentos ósseos ou cartilaginosos soltos)

O menisco é um tecido fibrocartilaginoso em forma de meia-lua, localizado entre o fêmur e a tíbia. Ele desempenha um papel crucial na absorção de impacto, estabilização e proteção da articulação do joelho, distribuindo a carga e prevenindo lesões articulares.

Existem dois meniscos em cada joelho: o menisco medial, que fica no lado interno, e o menisco lateral, no lado externo. Lesões no menisco podem ocorrer devido a entorses, movimentos bruscos ou traumas diretos, especialmente em esportes que envolvem mudanças rápidas de direção.

O mecanismo mais frequente de lesão no menisco é o entorse do joelho, um movimento brusco de torção que pode resultar em rupturas parciais ou totais do menisco.

Sintomas:

  • Edema (inchaço) nas horas ou dias seguintes à lesão.
  • Dor localizada, principalmente ao agachar-se ou ao torcer o joelho.
  • Bloqueios ou travamentos da articulação, com dificuldade de estender completamente o joelho.
  • Sensação de instabilidade ou de algo solto dentro do joelho.

Lesão longitudinal: A lesão se desenvolve ao longo do eixo do menisco, com risco de evoluir para uma lesão mais grave, como uma alça de balde.

Lesão radial: A lesão cruza o menisco em um ângulo, frequentemente interrompendo a continuidade da função de absorção de choque.

Lesão horizontal: Fissuras se desenvolvem de forma horizontal, e geralmente estão associadas ao desgaste degenerativo do menisco.

Lesão em alça de balde: Um fragmento maior do menisco se separa e pode causar travamento do joelho, sendo uma das lesões que mais necessitam de cirurgia.

Lesão oblíqua: A lesão oblíqua se caracteriza por uma fissura em ângulo no menisco, cortando-o diagonalmente. Esse tipo de lesão, dependendo da sua localização e extensão, pode criar fragmentos que causam desconforto e bloqueios na articulação, necessitando de reparo cirúrgico.

Lesão em flap: Pequenos fragmentos do menisco se soltam, podendo provocar bloqueios mecânicos no joelho.

Como identificar a lesão na ressonância?

A ressonância magnética é o exame mais indicado para identificar lesões meniscais. Na imagem, a lesão pode aparecer como uma linha de alta intensidade no corpo do menisco. O tipo de lesão, sua localização e a extensão determinarão o tratamento mais adequado.

Lesões horizontais são mais comuns em pacientes mais velhos, geralmente indicativas de desgaste degenerativo.

Lesões verticais e radiais costumam aparecer em pacientes mais jovens, especialmente após traumas ou atividades esportivas.

E agora, preciso operar?

Nem todas as lesões meniscais necessitam de cirurgia. A decisão depende da gravidade e do tipo de lesão:

Lesões degenerativas (geralmente horizontais e sem extensão para a superfície articular) podem ser tratadas de forma conservadora, com fisioterapia e reabilitação.

Lesões traumáticas, como as lesões verticais, radiais, oblíquas ou lesões que se estendem para a superfície articular (flap ou alça de balde), geralmente requerem cirurgia para promover a cicatrização, restaurar a função do joelho e permitir o retorno às atividades esportivas.

Importante: Lesões não tratadas do menisco podem acelerar o desenvolvimento de artrose, levando a um desgaste mais rápido da articulação do joelho.

Tratamento cirúrgico: artroscopia de menisco

A artroscopia é o método mais utilizado para o tratamento das lesões meniscais. É um procedimento minimamente invasivo, realizado com o auxílio de uma câmera e instrumentos específicos, inseridos através de pequenas incisões no joelho. Durante o procedimento, o cirurgião pode:

Remover o fragmento lesionado (meniscectomia parcial).

Reparar o menisco por meio de suturas (reparo meniscal), promovendo a cicatrização natural do tecido.

O objetivo da cirurgia é restaurar a função do joelho e permitir um retorno seguro às atividades do dia a dia e, em casos de atletas, ao esporte.

A cicatrização é um processo individual, que varia de pessoa para pessoa. Na maioria dos casos, consiste em duas pequenas incisões na região anterior do joelho.

Operei, e agora?

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1ª Fase (0 a 6 semanas): Controle da dor e manutenção do movimento do joelho, com foco em alcançar extensão completa e flexão dentro do limite permitido.

Meniscectomia parcial: Flexão gradual conforme tolerado.

Sutura meniscal: Flexão limitada a 90° nas primeiras seis semanas, para proteger a cicatrização.

2ª Fase (6 a 12 semanas): Foco no fortalecimento muscular, especialmente dos músculos que suportam o joelho, como o quadríceps e os isquiotibiais.

3ª Fase (3 meses ou mais): Retorno gradual ao esporte.

Meniscectomia parcial: O retorno aos esportes pode ocorrer a partir de 3 meses.

Sutura meniscal: Atividades como musculação são liberadas após 3 meses, mas o retorno ao esporte de impacto pode levar até 6 meses.

Uma boa fisioterapia pré e pós-operatória é fundamental para otimizar os resultados e garantir a recuperação completa.